quarta-feira, 14 de março de 2012


Sapateado: Conhecendo a História

As primeiras pegadas do Tap Dance (sapateado) surgiram na Irlanda. Camponeses usavam sapatos com solado de madeira, protegiam os pés do frio e ainda se divertiam com os sons produzidos. 
Grupo de Sapateado Irlandês Riverdence

Com a revolução industrial os sapatos também foram usados para proteger os pés, mas, do intenso calor das fábricas. Nos intervalos, os operários brincavam e continuavam produzindo sons. Tempo depois, nos Estados Unidos, os africanos trazidos pelos europeus contribuíram com sua dança. Não usavam sapatos, mas utilizavam todo o corpo para dançar. É neste período, 1920, que o sapateado americano surge e passa a ser desenvolvido por negros, que o aprimoram, colocando as tão conhecidas chapinhas nas solas dos sapatos, combinando passos de uma forma completamente diferente. Pode-se dizer então, que o sapateado originou-se do cruzamento de ritmos, entre eles africano, Inglês, Irlandês e escocês.

Várias atividades também contribuíram para o desenvolvimento do sapateado, uma delas foi a Lei Seca de 1919 nos Estados Unidos. A proibição não parou a venda. Foram criados clubes, onde as bebidas eram livremente vendidas e havia muito entretenimento. 
O Cotton Club  foi um destes, o mais badalado.  Mulheres luxuosas, negros, brancos, as elites, todos freqüentavam o Cotton Club e não se importavam se o clube pertencia a um bando de gangsters. Lá passaram os mais famosos sapateadores. Four Step Brothers, Berry Brothers, Nicholas Brothers. Fenômenos da época.


Na década de 30 o sapateado estourou em New York. Virou produção cinematográfica. E o mundo passou a conhecer as belíssimas estrelas do Tap Dance. Os mais destacados atores foram: Fred Astaire, Gene Kelly, Ginger Rogers, Nicolas Brothers, Rubby Keeler, Eleanor Powell, Ann Miller.
Nicholas Brothers
Nas décadas de 50 e 70 o sapateado declinou. Alguns tap dancers ficaram sem trabalho. Os produtores estavam mais centrados no Jazz, no Ballet, e assim, o sapateado ficou escanteado. Mas ainda em 70, o sapatedo voltou a “Braodway” e as aulas continuaram.

O sapateado espalhou-se pelo mundo buscando diferentes culturas, ritmos, personagens novos. Até que chegou ao Brasil, despertando a dança, a musicalidade e a criatividade. Criatividade que não pode faltar nunca na vida de um bom sapateador.